Atravessando a epiderme, perfura de seguida uma fina camada de gordura e, por fim, entra na rede sanguínea. Nessa fase, começa então a sugar. Para impedir o sangue de coagular, o mosquito reveste a zona picada com um borrifo de saliva, transportando com esta os parasitas para o organismo. São os parasitas unicelulares da malária, conhecidos por plasmódios. Apesar de entrarem, numa picada de mosquito, cerca de duas ou três dezenas destes, bastaria um único para matar um ser humano.
Após a sua inserção no organismo, são conduzidos pelo sistema circulatório até ao fígado, onde se instalam. Aí introduzem-se nas células hepáticas e começam a reproduzir-se. As células explodem. No espaço de 30 segundos, contudo, os parasitas voltam a alojar-se em novas células. E o ciclo continua.
Quando o organismo, entretanto, se apercebe, acciona o sistema imunitário: a temperatura eleva-se, com o sentido de derreter os invasores, o que raramente resulta. Estes conseguem inclusivamente controlar as células sanguíneas para os ajudarem a sobreviver. Em alguns casos, as células infectadas desenvolvem à superfície saliências parecidas com velcro e, ao passarem pelos capilares do cérebro, agarram-se firmemente às paredes, impedindo a circulação sanguínea no cérebro.
A infecção transformou-se em malária cerebral, a manifestação mais temida da doença. É nesse momento que o organismo começa a soçobrar: os parasitas destruíram tantos eritrócitos portadores de oxigénio que os restantes deixam de ser suficientes para garantir o desempenho das funções vitais. Os pulmões esforçam-se desesperadamente por respirar e o coração tenta a custo bater. A acidez do sangue eleva-se. As células do cérebro morrem.
A pessoa agita-se, sofre convulsões e, por fim, entra em coma. A malária ataca mais de 100 países e cerca de metade da população mundial. De entre os 500 milhões de infectados este ano, pelo menos um milhão perderá a vida. Grande parte com idade inferior a 5 anos. A maioria vive em África.
Enquanto se procedem a métodos dos mais tradicionais (ervas chinesas, redes mosquiteiras), investigadores procuram o Santo Graal desta busca: a vacina que permita travar definitivamente a doença.
Stephen Hoffman é o fundador da única empresa dedicada exclusivamente à descoberta de uma vacina contra a malária. A empresa chama-se Sanaria, que significa “bons ares”, o oposto de malária. Trabalhando já há 14 anos no assunto, chegou já a estar extremamente confiante da descoberta para breve da dita vacina. Isto em 1984, ano em que o próprio se fez picar por um mosquito infectado para provar, diante de uma conferência médica, a eficácia deste tratamento. Na manhã seguinte à chegada, já sentia tremuras e febre. Descobriu que sofria de malária. Hoje, volvidos 20 anos, ainda não desistiu.
Stephen Hoffman é o fundador da única empresa dedicada exclusivamente à descoberta de uma vacina contra a malária. A empresa chama-se Sanaria, que significa “bons ares”, o oposto de malária. Trabalhando já há 14 anos no assunto, chegou já a estar extremamente confiante da descoberta para breve da dita vacina. Isto em 1984, ano em que o próprio se fez picar por um mosquito infectado para provar, diante de uma conferência médica, a eficácia deste tratamento. Na manhã seguinte à chegada, já sentia tremuras e febre. Descobriu que sofria de malária. Hoje, volvidos 20 anos, ainda não desistiu.
O grandioso objectivo de Hoffman é imunizar a totalidade dos 25 milhões de bebés que todos os anos nascem na África subsaariana. Ele acredita que pelo menos 90% destes bebés que todos os anos nascem serão imunes à malária. Se assim for, será a primeira geração de africanos que não padecerá da doença.
Artigo resumido de:
National Geographic, Julho 2007
National Geographic, Julho 2007
2 comentários:
Admiro-o muito "chefe"!
Vejo que recuperou depressa LOL a vontade de MUDAR O MUNDO conosco, seus voluntários.
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