No final do mês de Janeiro pedi ao meu irmão que me procurasse um local onde colocar a minha Playstation Portátil (PSP) a reparar. Ela estava com um problema numa peça que estava solta onde encaixa a bateria. Possivelmente bastaria soldar a peça, porque quando estava a jogar, fazia mau contacto e por vezes o jogo ia abaixo.
O meu irmão descobriu perto de minha casa, a loja TECZEN, LDA na Rua Bernardo Francisco da Costa Nº. 76 A em Almada, dizem eles serem entendidos em reparar material da Playstation, inclusivé repararem muitas PSP.
Foi então lá deixadas para que me dissessem quanto custaria, supondo ser coisa pouco e rápida. Passado uns dias foi pedido para que lá fossemos entregar o carregador, o que eu estranhei, porque o que não falta na loja são carregadores para PSP.
Uns dias mais tarde, foi-nos dito que o arranjo seria 90 € porque a placa principal estava partida a meio e teria de ser toda substituída. Por esse preço achei melhor comprar uma nova.
Pedi ao meu irmão para a ir buscar, foi então que pediram 15 € por intervenção de reparação (orçamento). Ok, pensei. Pagámos os 15 € e pedimos a factura.
Cheguei a casa, guardei a Playstation numa gaveta, mas 2 dias depois resolvi ligá-la para ver como estava. Qual o meu espanto quando vejo que os botões superiores transparentes não mexiam, faltava um parafuso na lateral onde estava "escavacada" podendo perceber-se que estiveram a tentar abri-la com uma chave de fendas à força e o visor estava com os cristais líquidos rachado. Pode perceber-se claramente que ao tentarem forçar com a chave de fendas, estalaram o visor partindo-o. Daí a reparação ser tão cara!
Decidi então ir à loja reclamar, como esperava, tentaram fugir à responsabilidade dizendo que não foram eles que partiram o visor, e que possivelmente teria sido o meu irmão que a teria deixado cair. Pediram-me provas em como a playstation portátil não estava partida quando a entreguei para reparação, ao que eu perguntei se seria normal ter de tirar uma foto ao equipamento na altura de entrega para reparar!
Disseram-me que o técnico (presumível marido da senhora que está na loja) é um grande profissional e que já arranjou muitas playstations. Não digo que não tenha arranjado várias, mas teve azar, fez burrada e só tem é de admitir que o fez. Afinal de contas eu pago 15 € para me estragarem a PSP?
Visto não haver acordo, pedi o livro de reclamações. Foi-me dito que não me disponibilizavam, porque o livro não era para esses efeitos!!!! (então é para que efeitos???)
Liguei para a policia e chamei-os à loja.
Ela ficou nervosa....
A policia chegou e ordenou que ela me entregasse o livro de reclamações, ao que ela respondeu que não tinha dito que não o disponibilizava, apenas estava à espera do técnico para conversar comigo e só depois o daria. A policia voltou a dizer que ela teria de o entregar imediatamente que o cliente o pedisse.
O cómico da situação veio então, ela não sabia do livro de reclamações, ligou para o técnico (suposto marido), procurou na loja toda, disse que não percebia nada disso..até que meia hora depois o encontrou.
Foi feita a participação à policia, foi feita a reclamação no livro, será feita uma reclamação na ASAE (fiscalização) e onde mais for preciso!
Já agora e por curiosidade, na factura do orçamento vem lá escrito em como a loja tem página na internet. Ora experimentem lá o endereço: www.teczen.pt
O Livro de Reclamações é obrigatório para todos os prestadores de bens ou serviços, de carácter fixo ou permanente e que tenham contacto com o público. Empresas de construção, farmácias ou cabeleireiros são agora obrigados a apresentar o Livro de Reclamações, quando solicitado.
As multas podem variar entre os 250 e os 30 mil euros e os estabelecimentos correm o risco de fechar as instalações por dois anos, em caso de incumprimento.
O decreto-lei, que foi publicado em Diário da República no mês de Novembro, acrescentou novos serviços à lista dos estabelecimentos que têm de disponibilizar o livro de reclamações, uma lista que é enunciativa.
As casas de reparação de bens pessoais e domésticos, os notários privados, as empresas de construção e promoção imobiliária, centros de estudos ou de explicações, farmácias, cabeleireiros e parques de estacionamento são alguns dos novos estabelecimentos com livro de reclamações.
O alargamento da aplicação do Livro de Reclamações é explicado pelo sucesso que alcançou junto dos consumidores. A Direcção-Geral do Consumidor registou mais de 47 mil queixas no primeiro semestre de 2007. A maioria foi encaminhada para a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica.
Criado a 15 de Setembro de 2005, o Livro de Reclamações era aplicado apenas em serviços e organismos de administração pública com atendimento ao público, nos estabelecimentos de restauração e bebidas, empreendimentos turísticos, termais e unidades de saúde privada.
10 fevereiro 2009
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